12 nov, 2018
O crescimento acentuado de um novo conceito de termalismo de bem-estar tem vindo a invadir o território clássico das estâncias termais portuguesas, seguindo uma tendência que se verifica à escala global, que tratar de nós próprios – tanto do corpo, como da mente – já não é mais considerado como um luxo.
De acordo com dados partilhados durante o recente seminário dedicado ao tema do termalismo, organizado pelo projeto Termas Centro no Cró Hotel Rural & Termal SPA, a área de bem-estar tem registado um crescimento acentuado desde o início deste século, tendo já ultrapassado desde 2012 o número de utilizadores do termalismo clássico.
Em 2016, existiam em Portugal 41 estâncias termais, que em conjunto representam um negócio directo que se situa um pouco acima de 13 milhões de euros. Indirectamente, com os hotéis associados às termas, estima-se que o volume global de negócios gerado pelo termalismo ascenda a 70 milhões de euros, com mais de 100 mil utilizadores, divididos entre o termalismo clásssico e a nova vertende de bem-estar.
No decorrer do encontro, que reuniu os profissionais do setor, ficou claro que, para combater este cenário, há que recorrer a técnicas de marketing mais apropriadas, que urge desenvolver. O futuro das estâncias termais passa pela necessidade de construir produtos turísticos mais adequados aos novos públicos, pelo desenvolvimento de novos canais de distribuição e venda e pela aposta na comunicação, em particular no setor online, que se revela ainda pouco desenvolvido, em alguns casos.
O desenvolvimento de uma lógica de trabalho em rede, como a que tem vindo a ser desenvolvido pelas estâncias termais da região centro do país, é um bom exemplo das vantagens de adotar uma estratégia partilhada, pela redução dos custos nos canais de distribuição e comunicação e pela possibilidade de criar sinergias entre os vários operadores.
No próximo seminário, a decorrer na Curia, no próximo dia 20 de novembro, será apresentada a estatégia digital das Termas Centro.